Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Funções sintáticas
José Campos Professor Trofa, Portugal 257

Suscita-me dúvida a função sintática do constituinte «de mudança» na frase «Todo o mundo é composto de mudança».

Muito obrigado.

Ana Cristina Pragosa Ferreira Formadora Leiria, Moçambique 239

Na frase «A síndrome do coração partido é uma doença que afeta o músculo cardíaco.», o segmento «do coração partido» considera-se complemento do nome síndrome ou modificador do nome restritivo?

Obrigada pelo vosso trabalho.

Luísa Cordeiro Professora Chaves, Portugal 352

Na frase «O vapor é inglês, usam-no para atravessar o Atlântico», o segmento «para atravessar o Atlântico» classifica-se como modificador do grupo verbal, ou trata-se de um complemento oblíquo?

Agradeço a vossa ajuda sempre oportuna.

Geobson Freitas Silveira Trabalhador Público Bela Cruz, Brasil 173

Volta e meia, me deparo com expressões construídas com a preposição com seguida de verbo no gerúndio (principalmente) mas também no particípio, contudo não vejo referência em nenhuma gramática sobre a" legalidade" de tais sob a ótica da gramática normativa.

Assim, diante de tal constatação, gostaria, por gentileza, de um parecer do site sobre a licitude de tais construções e possíveis valores semânticos a elas associados. Desde já agradeço pela compreensão e apoio de sempre!

Exs. «(...) Minha mãe não queria revelar nada, mas , com você olhando assim pra mim , só me resta confessar tudo (...) e com a loja já aberta , o letreiro caiu na calçada (...) Naquele fim de tarde, com o sol querendo se pôr, ela me apareceu . Com as lágrimas correndo em seu rosto , contou-me todo seu sofrimento.»

Luís Vicente Estudante Lisboa , Portugal 395

Seria possível que me esclarecessem detalhadamente acerca do complemento do nome e do adjetivo e como identificá-los?

Grato pela atenção.

Rui Andrade Estudante Odivelas, Portugal 248

Na frase «Eles decidiram ficar na serra», «na serra» é um complemento oblíquo ou um predicativo do sujeito?

Obrigado.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 274

Relativamente à frase que se segue, perguntava-vos se o verbo levar admite neste contexto a preposição destacada:

«Uma criança quando amada terá o hábito de levar esse sentimento PARA os outros.»

Obrigado

Pedro Henrique Professor Brasil 212

Na oração «Criei um grupo no Whatsapp com meus amigos desempregados», qual a função sintática de «com meus amigos desempregados»?

Tinha pensado que poderia ser adjunto adverbial de companhia, mas o ato de criar não ocorreu na companhia dos amigos, pois apenas a pessoa (no contexto do qual retirei a oração) que criou o grupo. Logo, esse «com meus amigos desempregados» funcionaria como uma especificação do grupo criado...

Desde já, obrigado!

Patrícia Abreu Professora Ponta Delgada, Portugal 409

1. Entusiasmada, a professora sorriu.

2. A professora, entusiasmada, sorriu.

3. A professora sorriu entusiasmada.

Nas três frases, pode considerar-se que o adjetivo tem um valor adverbial e que desempenha a função sintática de modificador do grupo verbal em todas as ocorrências (grupo móvel)? Considerando a possibilidade de, nas frases 1 e 2, ser um modificador do nome apositivo, esta função sintática pode ser constituída por um grupo adjetival (considerando a informação do Dicionário Terminológico, onde se lê que, tipicamente, são grupos nominais ou orações)?!

Ou é obrigatório subentender-se uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa («que estava entusiasmada»)?! Neste caso, só na frase 2 isso seria possível...

Grata desde já pelos vossos esclarecimentos.

Sara Graça Ferreira Neves Professora Sazes do Lorvão, Portugal 287

A minha dúvida prende-se com a subclasse dos verbos, considerando a ativa e a passiva.

A propósito da frase «Quando a pergunta me foi feita» (não estando expresso o complemento agente da passiva), encontrei uma ficha com uma questão para indicar a subclasse do verbo fazer, dando como solução transitivo indireto. Ora, esta situação levou-me a considerar o porquê de se admitir que o complexo verbal passivo peça complemento indireto (me) e se ignore o facto de o sujeito da frase passiva constituir um complemento direto na ativa. Ou seja, na ativa o verbo fazer é transitivo direto e indireto.

Passando para a passiva, essa classificação mantém-se (uma vez que a ação é a mesma) ou altera-se?

Mas, se é diferente, por que motivo consideraram que o complexo verbal «foi feita» pede complemento indireto (comum à ativa e passiva – «foi feita a quem?») e não se considera que selecione também complemento agente da passiva («foi feita por quem?»), não existindo nas subclasses do verbo principal uma para este tipo de complemento...(o transitivo indireto seleciona complemento indireto ou oblíquo, mas não encontrei em nenhuma gramática o complemento agente da passiva).

Faz-me confusão considerar o que é óbvio (o me que se mantém nas duas formas) e ignorar o que fica por esclarecer...

Reconhecendo que esta seria daquelas perguntas que não se fazem, a estar feita, surgiu-me a dúvida e, independentemente da utilização da questão da ficha, gostaria de a esclarecer.